sexta-feira, 20 de março de 2009

O Radiojornalismo Frente às Novas Tecnologias

Por Rosivaldo Almeida


O mundo vive momentos de conflito. Pessoas apressadas, frias e distantes umas das outras é o que se vê com frequência. Todas as camadas sociais são atingidas, sem excessão, uma vez que são atraídas, impulsivamente, a estar conectadas/inseridas ao mundo globalizado, tecnológico e dinãmico.

Para atender esse público cada vez mais frequênte os veículos de comunicação e entretenimento foram reformulados. Estratégias de marketing são o assunto de pauta. É preciso seduzir o telespectador/ouvinte, oferecendo-o informação de forma simples e direta - de preferência com utilização de gráficos, charges, videos, música e efeitos especiais - características das novas tecnologias.

Tv e internet disputam com o uso das novas tecnologias. Até mesmo os jornais impressos estão cada vez mais adequados a nova prática, e o radiojornalismo - prática profissional do jornalismo aplicado ao rádio - continua firme, valendo-se de técnicas para não cair na monotomia como a leitura feita por dois profissionais que dão ritmo e agilidade às notícias.

Em meio a isso, algumas perguntas pairam sobre minha mente: Qual o papel do rádio? É possivel, ainda hoje, pensar o radiojornalismo como forma de reflexão capaz de reunir grupos distintos a juntarem-se em um debate público? As novas tecnologias são os responsáveis pela fragilidade do caráter questionador do cidadão?

Não há respostas. O que se tem é um veículo de comunicação chamado rádio - participante ativo na formação de milhões de pessoas com o chamado radiojornalismo, tempos atrás - sendo abandonado pelas novas gerações. É difícil o processo de conscientização para aqueles que não foram estimulados a estar balanceando o novo e o velho, o frutífero e o joio, a informação da alienação...

O radiojornalismo caminha a passos lentos, atingindo povos distantes do caos urbano, mas também a pessoas "modernas" e "tradicionais", letradas ou leigas, possibilitando o que qualquer outra tecnologia proporcione, e com um diferencial: A informação pela formação.

Mesmo sem ter todo o aparato que vislumbre a sociedade, o radiojornalismo continua sendo um grande meio de comunicação, informação, entretenimento e, acima de tudo, um espaço para ser humano, de ouvir e ser ouvido, num processo sem correria, caos ou stress. Ele está ai, numa frequencia, esperando alguém disposto a ser transformado, acolhido, informado e politizado.

Sintonize!

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